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Kom Ombo

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Kom Ombo (Nb(j)t) situa-se num rochedo, numa curva do Nilo, a norte de uma área fértil. Fica na fronteira entre as línguas árabe e núbia, e é também um importante local de paragem para rotas do deserto. Quase todos os monumentos datam do Período Ptolemaico, altura em que esta regiao se tornou importante graças ao avanço das técnicas agrícolas. No entanto, existem aqui vestígios de construçoes anteriores, como dois blocos do Império Médio, e Champollion descobriu um portao datado da XVIIIª Dinastia na muralha sul. O primeiro rei a ser mencionado é Ptolemeu VI Filométor, e a maioria da decoraçao foi terminada no reinado de Ptolemeu XII Auletes. O pátio foi decorado nos inícios do período Romano, e foi também adicionada uma outra entrada. A característica mais óbvia deste templo é a sua estrutura dupla - tem portoes duplos e um eixo duplo conduz a um santuário duplo. O templo é dedicado a duas tríades, a de Sobek, Hathor e Khonsu, e a de Haroeris (Hórus o velho), Tasenetnofret (a boa irma) e Panebtauí (o senhor das duas terras). Os dois últimos nomes referem-se mais a funçoes do que a entidades, isto é, aos elementos femininos e infantis de uma tríade. Além do culto diário (duplo), havia procissoes do templo para a necrópole onde estavam enterrados os "deuses mortos" - , Geb e Osíris, todos três vistos como manifestaçoes de Sobek. Os relevos do templo indicam que este tinham uma teologia muito complexa no que concerne a relaçao entre os vários deuses. Perto o rio encontra-se uma casa do nascimento, ou mammisi, cujos relevos mostram o ritual de "abanar o papiro", entre outros. É bastante claro o elo entre a "sala da inundaçao" e o 'ahet weret', onde se dá o casamento divino entre Chu e Tefnut.