A insólita imagem da cabeça de um animal predador em cima do corpo de uma mulher é temperada pelas partes laterais da longa cabeleira que caem sobre o peito acentuado. A cabeleira é ornamental e confere mais um ar nobre do que uma aparência assustadora ao rosto leonino com o seu crâneo ossudo e cabelo estilizado. Em cima da cabeça existiu em tempos um disco solar com a cobra real que enfatiza os aspectos cósmicos da manifestação compósita desta perigosa divindade. O rosto foi modelado com grande cuidado. Os seus olhos são pequenos e enquadrados nas pálpebras em relevo, que originalemente eram pintadas. A deusa está sentada um trono-bloco com costas baixas. A esquerda e direita das pernas da deusa, foram adicionadas linhas verticais com inscrições à superfície do trono.
O filho de Ré, a quem ele ama, Amen-hotep, soberano de Tebas, amado de Ptah, de Sekhmet, senhora de Tepnef, a quem é concedida vida. O deus beneficente, senhor das Duas Terras, Nebmaetré, amado de Sekhmet, senhora de Tepnef, a quem é concedida vida.
Bibliografia
Jaros-Deckert, B., Statuen des Mittleren Reichs und der 18. Dynastie. Corpus Antiquitatum Aegyptiacarum (CAA) Wien 1 (1987) 112-116.
Kunsthistorisches Museum (KHM). Führer durch die Sammlungen. Wien. 1988, 31.
Satzinger, H., Ägyptisch-Orientalische Sammlung Kunsthistorisches Museum Wien (museum), Braunschweig (Verlag Westermann), 1987, 51.
Seipel, W. (ed.), Gott Mensch Pharao (1992), Nr. 95.